domingo, 25 de setembro de 2011

Ora brinca de inflar, ora esmaga


Estou emocionada com o novo CD do Chico. (Grande coisa. Quem não está? :-) Mas é que das músicas e letras escorrem aquela baba de apaixonado, de história linda, de arrebatamento, de não querer mais nada, só o amor... Tão delícia viver isso. Vem junto com um medo, sempre. Aquele medinho de estar sendo feliz demais. Quem já viveu, sabe. Eu sei muito bem... ai, ai...
Não sei para que
Outra história de amor a essa hora
Porém você
Diz que está tipo a fim
De se jogar de cara num romance assim
Tipo para a vida inteira
E agora, eu
Não sei agora
Por quê, não sei
Por que somente você
Não sei por que
Somente agora você vem
Você vem para enfeitar minha vida
Diz que será
Tipo festa sem fim
É São João
Vejo tremeluzir
Seu vestido através
Da fogueira
É carnaval
E o seu vulto a sumir
Entre mil abadás
Na ladeira
Não sei para que
Fui cantar para você a essa hora
Logo você
Que ignora o baião
Porém você tipo me adora mesmo assim
Meio mané, por fora
E agora, eu
Não sei agora
Por quê, não sei
Por que somente você
Não sei por que
Somente agora você vem
Vem para embaralhar os meus dias
E ainda tem
Em saraus ao luar
Meu coração
Que você sem pensar
Ora brinca de inflar
Ora esmaga
Igual que nem
Fole de acordeão
Tipo assim num baião
Do Gonzaga

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Eu quero o mesmo que você

É uma música adolescente, que me leva de volta às carteiras riscadas de coração e palavrões. Me remonta à confusão que a gente pensa que é a adolescência e de ter certeza que o Legião lia meus pensamentos. Esse tempo já se foi há muito, mas, às vezes, mesmo depois dos trinta, a gente pensa como adolescente oura vez, faz tempestade em copo d'água e acha confusão no mais simples dos sentimentos.  A verdade é que amo hoje como amava então e continuo querendo o mesmo: amar e ficar junto.

Tenho andado distraído, impaciente e indeciso
Ainda estou confuso só que agora é diferente
Estou tão tranquilo e tão contente
Quantas chances desperdicei quando o que eu mais queria
Era provar pra todo mundo que eu não precisava provar nada para ninguém
Me fiz em mil pedaços só pra você juntar
E queria sempre achar explicação pro que eu sentia
Como um anjo caído fiz questão de esquecer
Que mentir pra si mesmo é sempre a pior mentira
Mais não sou mais tão criança
A ponto de saber tudo
Já não me preocupo se eu não sei porquê
Se às vezes o que eu vejo quase ninguém vê
Eu sei que você sabe quase sem querer
Que eu quero mesmo que você
Tão correto e tão bonito
O infinito é realmente um dos deuses mais lindos
Sei que às vezes uso palavras repetidas
Mas quais são as palavras que nunca são ditas?
Me disseram que você estava chorando
E foi então que eu percebi como eu te quero tanto
Já não me preocupo se eu não sei porquê
Se às vezes o que eu vejo quase ninguém vê
Eu sei que você sabe quase sem querer
Que eu vejo o mesmo que você.